poesia, essa coisa de loucos
poesia, essa coisa de tontos
coisa sem nome que insistimos em chamar por esse nome
coisa que fala a língua das mãos, dos anjos e dos monstros
poesia, essa coisa de monstros
essa coisa de barricadas de vento
de silêncio que ensurdece
de falésias que sussurram
essa prece ao sem-nome
há que cantar todos os ladrilhos da lama
o barro de todas as cerâmicas
há que cantar até gastar a voz-lâmina
até que a barba cresça braba sobre o sorriso e sobre a anima
há que cantar o amor, ainda que vário, breve ou tanto
há que cantar os sargaços, os veleiros, os arames, o crisântemo
com essa coisa sem nome, essa coisa de antros
até perder-se os sentidos
até subir por escadas que só descem
ou labirintos que só saibam a peste, petúnias, pomerânios
há que se dar asa às penas
folgas às segundas-feiras
até perder-se de si
que o digam chiaroscuro esses 3
o fabiano o dhynarte e o petry
escrevi esses versos pra ler no lançamento do livro "3" (volume de poemas de Fabiano Finco, Dhynarte de Borba e Albuquerque e Odegar Júnior Petry, organizado e apresentado por mim) em Caxias do Sul há uns dias atrás./
como a leitura não foi feita - em face do grande movimento de gente que compareceu ao troço - publico aqui entonces, de modos a homenagear meus queridos amigos-poetas pela coragem de deixar seus poemas nas mãos de alguém como eu./
como nenhum dos 3 poetas leu (salvo o Petry, maybe), aí vai.
30 setembro, 2005
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2 comentários:
espero que meus colaboradores invisíveis postem seus comentários, ó deusa Obviedade!
e aí, meu caro. tô quase novo. quase pronto.
ó, quer dizer que curtisse meu poemeto?
hahaha. tô enlouquecendo com os remédios que me dão.
abraços
Mugnolini
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