22 fevereiro, 2006

29 (*)

ofereço-te o destino dessa flor, esse antebraço

com outra flor ainda não trazida,

de onde flora lenitivo um vaso.


nas mil e uma noites do dia vinte e nove,

meu torso de perfil – aceita e prova -

meu te ofegar sob a melhor camisa

e o cordão de estrelas no nanquim do espaço.


toque de leve por sobre a blusa na noite tua

fala de dedos, luva difusa, seda de luna

pra que floresçam, apascentadas, duas verbenas.


sobrando filme na minha máquina de imitar,

uns instantâneos eu te ofereço

do coração.


e uma a uma das cem fogueiras de Escorpião.


(*) toma, minha pequena, aceita e prova deste coração que apascentaste.

3 comentários:

Mugnolini disse...

poeta apaixonado.
poeta e apaixonado.
ou
a paixão do poeta?

Seu Menezes disse...

apaixonado always...
muito feliz com isso tudo.
e o lance do caio?

Miguel Graziottin disse...

Não há de existir poeta que não seja apaixonado. Até acho que poeta apaixonado é um pleonasmo vicioso...