14 julho, 2006

adélia, mulher de verdade*

ANTES DO NOME

Não me importa a palavra, esta corriqueira.
Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,
os sítios escuros onde nasce o "de", o "aliás",
o "o", o "porém" e o "que", esta incompreensível
muleta que me apóia.
Quem entender a linguagem entende Deus
cujo Filho é Verbo. Morre quem entender.
A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,
foi inventada para ser calada.
Em momentos de graça, infreqüentíssimos,
se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.
Puro susto e terror.

(*) espantado e feliz, acabo de ver, pela Globonews, entrevista com nossa poeta maior. Para ela, poesia é tremor, pulsação. E com Santo Irineu, sabe que a glória de Deus é o homem vivo. Por essas e por todas as outras, é que Adélia me dispara o coração. Por isso amamos Adélia.

2 comentários:

Anônimo disse...

CARO COLEGA:
LEMBRO-ME DA MEDICINA DA UCS,NA DÉCADA DE 80(ANOS DE CHUMBO),QDO TU,O PEPE E O ÉLVIO MICHIELON,NOS DAVAM DICAS DE POLÍTICA PARTIDÁRIA QDO ENTRÁVAMOS NA UNIVERSIDADE. SÓ NÃO SABIA QUE ÉS UM POETA DE MUITO BOM GOSTO,UM ABRAÇO E PARABÉNS P/ BLOG!ANGELO GRILLO

Anônimo disse...

Companheiro Grillo!
Benvindo ao show!!!
LULA LÁ E OLIVIO AQUI!