02 maio, 2006

mútuo-socorro


Nos começos, o menino

via um demônio no teto bege,

de pé direito altíssimo,

da casa do avô.



Jovem,

achava o seu demônio

- já caído do teto –

oculto em outras pessoas,

entre ofendido e emancipado,

só dado a ver-se em algum esgar,

no vão entre as sobrancelhas,

no modo de tocar um copo

ou a haste de um gladíolo.


Quando velho,

entre o leito e a pia,

convivia já tranqüilamente com seu demônio

e este, sóbrio, terno e gravata,

aquecia-lhe os pés

e entornava-lhe o chá

das esperanças desaprendidas.

3 comentários:

Cláudio B. Carlos disse...

Muito bom!

Anônimo disse...

Bens

A galáxia
A Terra
Os olhos da morena
Um grande coração
meu amor
A rua noturna
cheia de estrelas
A mais bela das auroras
O Ser que abita em ti
Lá está o Arco-iris no fim da chuva
Os sinais não são só sinais de trânsito
O orvalho é um choro triste
A tempestade é um choro desesperado
Me abraça
é preciso fazer algo
antes que seja tarde

Marco mais um poema para o blog põe aí

Odegar Petry

Anônimo disse...

Bens

A galáxia
A Terra
Os olhos da morena
Um grande coração
meu amor
A rua noturna
cheia de estrelas
A mais bela das auroras
O Ser que habita em ti
Lá está o Arco-iris no fim da chuva
Os sinais não são só sinais de trânsito
O orvalho é um choro triste
A tempestade é um choro desesperado
Me abraça
é preciso fazer algo
antes que seja tarde

Marco este é o certo a palavra habita esta errada

Odegar