06 março, 2006

Domingo no Jaconi

Pois então. Começa a segunda de novo. Depois do massacre neo-fascista de ter ido a Jaconi ontem. Já havia confessado meu amor por essa cidade - a duras penas, carece ser dito - mas a experiência de ficar no meio da torcida juventudista e sentir, literalmente, os seus bafios perversos, fez a pontuação da cidade cair um pouco em meu coração destrambelhado. E se a atitude do jogador foi racista, você devem imaginar a torcida que lhe dá suporte: racista sim, com todas as letras, e sexista, e chauvinista, e todos os piores istas que vocês podem inferir, acreditem. Nada contra o Juventude enquanto clube, nada contra a parcela da torcida que não se comporta como a maioria, mas tudo contra essa estupidez humana chamada torcida organizada. Organizada em torno do ódio contra quem não lhe é igual. Se alguém dissesse, ainda que por brincadeira, que eu era ali um gremista (a acompanhar o filho no lugar do estádio supostamente mais tranqüilo), corria o risco de ser espancado por algum idiota metidinho filhinho de papai ridículo enfiado em suas indumentárias de mastigoto covarde. Saí do estádio a faltar uns dois minutos pro fim do jogo, e já decidi que - mesmo que não torça pra ninguém - meu lugar é na torcida do outro lado, lá no barro, atrás da goleira que dá pro mato.

7 comentários:

Anônimo disse...

Subscrevo teu manifesto. O sentimento mesquinho a que te referes é o mesmo que denomina nossa cidade como 'L'Italia Gaúcha' pelo poder público atual.

Miguel Graziottin disse...

Marquinho,
Nao cometa o erro comum, da avaliaçao precoce de uma pessoa como você,sensivel. Vou ao campo desde os 8 anos, joguei futebol quase profissional. A torcida mais racista que existe é a do Grêmio, que em seu principio nem deixava negro jogar no time. Já fui a grenais, e jà joguei grenais. A torcida passa o tempo todo chamando os colorados de, no mínimo, macaco! E aqui de gringos.
O racismo não é propriedade da torcida do JU, porém, quando interessa à Porot Alegre, ironicamente eles "não lembram" dos grenais.
A razao nunca está só de um lado. Vá a um grenal, na torcida do Gremio e depois nos nos falamos...

Anônimo disse...

Caro Marcos!
O racismo não nasceu em Caxias!
Chegou com a santa Maria, Pinta e Nina!
O Grêmio não aceitava negros até 1950, o primeiro foi o Tesourinha.
O Fluminense se chama pó de arroz pois os jogadores negros passavam o tal pó no rosto para parecerem brancos.
E a torcida do Gr~emio chama a torcida do Inter de Macaco.
O pessoal da fronteira no início da colonização alemã e italiana que foram se localizar na fronteira
eram emboscados e mortos pelos pelos- duros (Josué Guimarães relata o fato no romance a Ferro e Fogo.
Mas concordo a gringada é racista prá caralho.
Uma coisa não justifica a outra, mas é preciso não resumir o fato ao um estádio.

Saudações Esmeraldinas

Anônimo disse...

Eu vi a Carla

Andrieli Kremer

Eu vi a Carla perto do alto-falante,
confundi ela com um elefante!

Eu vi a Carla no hotel,
comendo um delicioso pastel!

Eu vi a Carla num balão,
cozinhando feijão!

Eu vi a Carla no avião,
correndo com um pavão!

Eu vi a Carla na janela,
tomando a sopa dela!

Eu vi a Carla próxima de uma baleia,
beijando uma sereia!

Eu vi a Carla na cozinha
assando uma galinha!

Eu vi a Carla num barco,
fazendo fiasco!

Eu vi a Carla no jornal
pulando carnaval!

Eu vi a Carla um tempão,
cantando para mim uma canção!

Estudante da 2ª série da Escola Estadual Antônio Soldatelli

Miguel Graziottin disse...

Tudo a ver com tudo esta do Odegar..
Alo,alo marciano, aqui quem fala é da terra....

Miguel Graziottin disse...

Tudo a ver com tudo esta do Odegar..
Alo,alo marciano, aqui quem fala é da terra....

Miguel Graziottin disse...

Tudo a ver com tudo esta do Odegar..
Alo,alo marciano, aqui quem fala é da terra....