26 janeiro, 2006

Que Maré

Sei que a maré não ta boa
Que a minha garoa
Ta chovendo canivete
Hoje não mais me abençoa
Esconjura, magoa
Jura que ainda me esquece
Passo, você tão a toa
Ancas que nem proa
Na maré que balança por macete
Ando enquanto você voa
Sou rei de coroa,
Cueca e soquete
Estrago, você aperfeiçoa
Ricto, caçoa
Do meu jeito de pivete
Fim de semana, lagoa
Diz que ta tudo numa boa
Em letras miúdas num bilhete
Saio, meu carro abalroa
Tráfego, a garoa
Não me favorece
Se ando sorrindo a toa
É porque me enjoa
Chorar por quem me esquece
Se te ofendi me perdoa
É que meu verbo ainda soa
Feito lâmina de gilete


2 comentários:

Caleidoscópio Eterno disse...

Diogo... sempre pronto para dizer menos e visualizar mais... lindo.

Diogo F de Freitas disse...

Obrigado Camila!!!
Abraço!
Diogo.