quarar as toalhas brancas do porvir
quarar as roupas brancas do sonhar
quarar as flores provas de pedir
quarar as flores novas de ganhar
quarar a aquarela de um jasmim
quarar as frutas verdes do pomar
quarar a pedra pomes do jardim
quarar água furtada de alguidar
quarar apenas que de pálido deixar
quarar da cor a desmaiar em teu vestido
quarar mesmo a quaresma do querer
quarar mesmo a soleira de um sentido
quarar de tuas idéias o franzido
quarar de tua colcha o se deitar
(*) em: "Anel postiço em merengue" (inédito, 2006), Anzol da Lua Editorial, bairro onde apareceu a Virgem, Caxias do Sul, terceiro planeta a partir da pequena estrela branca que é a causa da existência de vida aqui e também do poema em questão; ilustra: aquarela de Claire Cowie, Village XXII, 2005, @ http://www.jamesharrisgallery.com/
3 comentários:
Olá!
Passando por aqui...
Gostei do poema.
CC.
gracias cláudio!
fique à vontade, a casa é sua!
caiando mi pele senhorito Marco
gosto bastante
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