De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
Vinícius de Moraes
O domingo de ontem reservou boas emoções com o belo filme / documentário “Vinícius”, do Miguel Faria Júnior, lançado no Estado nesse final de semana. O documentário mescla uma narrativa da história de Vinícius de Moraes, mostrando cenas raras da intimidade do poeta, depoimentos de amigos, parentes e parceiros (Chico Buarque, Edu Lobo, Francis Hime, Carlos Lyra, Toquinho, Caetano, Maria Bethânia, Miúcha, Baden Powel, Antônio Cândido, as 4 filhas, entre outras gentes bacanas), récitas de poemas pelos atores Ricardo Blat e Camila Morgado, além da interpretação de músicas por um pessoal bacana como a Mônica Salmaso e Olívia Byington.
Uma das coisas mais bacanas do filme, pra mim, foi ver o lado mais passional de Vinícius. Já sabia dos 9 casamentos ao longo da vida dele, mas não da forma como estas paixões aconteciam. A Tônia Carrero, amiga de Vinícius, resume bem a energia amorosa de que ele precisava para criar e permanecer na constante busca por ser feliz: Vinícius precisava estar sempre na beira do precipício da paixão. Edu Lobo também diz uma das frases que Vinícius havia criado para uma de suas canções e que traduz essa busca e o modo “porra louca” como Chico também cita que Vinícius, na maior parte do tempo, conduzia a vida: É melhor viver do que ser feliz.
Chico Buarque cantando “Medo de Amar”, Vinícius dormindo e sendo acarinhado com um cafuné, Vinícius de pileque cantando “Pela luz dos olhos teus” recostado no ombro de Tom, Vinícius emocionado ao falar que Pixinguinha era o ser humano de alma mais bonita que tinha conhecido, Vinícius cantando os afrosambas com Baden, Susana – a filha mais velha - revelando histórias de família. Muitas passagens emocionantes ao longo de duas horas cravadas. Haveria muito mais a ser dito, muitas dessas passagens chegam a ser rápidas demais como a parceria com Tom, os meandros da Bossa Nova ou a cumplicidade com Toquinho no fim da vida. Mas nada que comprometa a beleza de um filme que fez as pessoas ficarem na sala de cinema até os créditos todos acabarem ao som de Samba da Bênção.
Assim, salve Vinícius, o poeta que talvez mais tenha aproximado a poesia ao nosso mundo cotidiano, o poeta formal de rimas ricas e sonetos, o poeta mais popular do Brasil. Como Ferreira Gullar comenta: Vinícius pra mim era alegria. Eu lembro dele sempre rindo. Ele ensinou o povo brasileiro a ser feliz.
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
Vinícius de Moraes
O domingo de ontem reservou boas emoções com o belo filme / documentário “Vinícius”, do Miguel Faria Júnior, lançado no Estado nesse final de semana. O documentário mescla uma narrativa da história de Vinícius de Moraes, mostrando cenas raras da intimidade do poeta, depoimentos de amigos, parentes e parceiros (Chico Buarque, Edu Lobo, Francis Hime, Carlos Lyra, Toquinho, Caetano, Maria Bethânia, Miúcha, Baden Powel, Antônio Cândido, as 4 filhas, entre outras gentes bacanas), récitas de poemas pelos atores Ricardo Blat e Camila Morgado, além da interpretação de músicas por um pessoal bacana como a Mônica Salmaso e Olívia Byington.
Uma das coisas mais bacanas do filme, pra mim, foi ver o lado mais passional de Vinícius. Já sabia dos 9 casamentos ao longo da vida dele, mas não da forma como estas paixões aconteciam. A Tônia Carrero, amiga de Vinícius, resume bem a energia amorosa de que ele precisava para criar e permanecer na constante busca por ser feliz: Vinícius precisava estar sempre na beira do precipício da paixão. Edu Lobo também diz uma das frases que Vinícius havia criado para uma de suas canções e que traduz essa busca e o modo “porra louca” como Chico também cita que Vinícius, na maior parte do tempo, conduzia a vida: É melhor viver do que ser feliz.
Chico Buarque cantando “Medo de Amar”, Vinícius dormindo e sendo acarinhado com um cafuné, Vinícius de pileque cantando “Pela luz dos olhos teus” recostado no ombro de Tom, Vinícius emocionado ao falar que Pixinguinha era o ser humano de alma mais bonita que tinha conhecido, Vinícius cantando os afrosambas com Baden, Susana – a filha mais velha - revelando histórias de família. Muitas passagens emocionantes ao longo de duas horas cravadas. Haveria muito mais a ser dito, muitas dessas passagens chegam a ser rápidas demais como a parceria com Tom, os meandros da Bossa Nova ou a cumplicidade com Toquinho no fim da vida. Mas nada que comprometa a beleza de um filme que fez as pessoas ficarem na sala de cinema até os créditos todos acabarem ao som de Samba da Bênção.
Assim, salve Vinícius, o poeta que talvez mais tenha aproximado a poesia ao nosso mundo cotidiano, o poeta formal de rimas ricas e sonetos, o poeta mais popular do Brasil. Como Ferreira Gullar comenta: Vinícius pra mim era alegria. Eu lembro dele sempre rindo. Ele ensinou o povo brasileiro a ser feliz.
Um comentário:
e salve camila por nos antecipar impressões preclaras sobre este filme, tão esperado por nós, eternamente agarrados à borda do abismo do amor.
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