23 dezembro, 2005

poema-pernoite para diego*


7 anisetes vais achar na tempestade
4 conhaques abissais de quando em vez
que seja alegre teu valverde y teu mate
que assim seja teu martini teu xerez

vai como um coxo macilento pelas ruas
vai, com tu sotaque de maldito
vai pro rei dos polvos sem tus miedos
vai, com tua horda de proscritos

vai, sangra tua sanha bombonera
enverga azul dourado Cebollitos
engendra balãozinhos nos zagueiros
com travas de chuteira e absinto

liquida lôco lentamente com o malte
mesmo que a merca já não chegue ao fim do mês
antes te prenda a moçoila liberdade
e singres teu palustre num xadrez

(um olho negro em fidel outro em guevara
e ainda outro no cartel dos escobares)
dança dieguito el eterno abstêmio
teu tango flaco entre a miséria y la nike


(*) en malo portuñol, esse torcedor do Boca aqui. Maradona não amo nem odeio: amo y odeio.

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