08 dezembro, 2005

Meu maestro soberano


Então, hoje se completam 11 anos sem o Tom Jobim por aqui (25/01/27 - 08/12/94).
Saudades de gente que a gente nem viu. Isso é estranho. Haveria tanto a se falar dele que fico sem nem saber o que dizer. Apenas que, pra mim, ele é o maior. O maior gênio musical da nossa raça.
Estou ouvindo coisas dele desde cedo. Procurei uma imagem pra colocar aqui e pesquei umas de quando jovem - ele, tão lindo. Mas preferi essa, da fase início dos anos 90, que eu acho que traduz tanto do charme do maestro.
Salve Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, meu ídolo maior. Sempre.
Segue abaixo a minha preferida do dia, parceria com Marino Pinto - parceiro de duas das minhas preferidas entre as preferidas: Sucedeu Assim (que tem de ser ouvida) e Aula de Matemática. Porque são tantas e tudo lindo.


Sucedeu Assim
(Tom Jobim/Marino Pinto)

Assim,
Começou assim
Uma coisa sem graça
Coisa boba que passa
Que ninguém percebeu

Assim,
Depois ficou assim
Quiz fazer um carinho,
Receber um carinho,
E você percebeu

Fez-se uma pausa no tempo
Cessou todo meu pensamento
E como acontece uma flor
Também acontece o amor

Assim,
Sucedeu assim,
E foi tão de repente
Que a cabeça da gente
Virou só coração

Não poderia supor
Que o amor nos pudesse prender,
Abriu-se em meu peito um vulcão
E nasceu a paixão por você

"O conselho da Bossa Nova é de levar a pessoa à vida" (Tom Jobim)

“A morte de Tom Jobim não foi apenas a queda de uma árvore,
foi a derrubada de uma floresta” (Arnaldo Jabor)

4 comentários:

Anônimo disse...

tenho ouvido chovaendo na roseira de forma obsessiva nos últimos dias.
tudo bem que agora to com paralelas no repeat, mas sobre isso já falamos.
voltando ao Tom, quem mais poderia nos dar uma chuva PRAZENTEIRA.
Faz falta, muita, mas muita falta mesmo o maestro

Anônimo disse...

e dói
de verdá

camilacor disse...

Sim, queridos Léo e Clarissa. Passei o dia evocando o Tom. Sou uma nostálgica, ou piegas, quiçá, de carteirinha.

E de fato, só ele poderia nos brindar com uma "chuva prazenteira", com "olhos de inesperado azul", com "os desafinados também têm um coração", e com singelezas do tipo "E eu que era triste
/ Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci /
O que é felicidade, meu amor".
Por essas e outras é que dói, por essas e outras é que dá saudade, por essas e outras a gente humildemente aplaude.

Seu Menezes disse...

e eu me lembrei de Passarim ao ver um programa sobre o Érico Veríssimo à noite... era tema de abertura de O Tempo e o Vento, lembra?
Engraçado, e comprei o Passarim na manhã do dia em que ele morreu, lá se vão 11 anos...
Coisas do mundo onde não existem acasos.