11 novembro, 2005

Circunstâncias Atemporais














Chuva de sempre,
Chuva nefasta.
Aquela que inunda as casas e as castas,
Aquela que é desgraça ou benção,
Aquela que interrompe ou une
Laços de família.
A mãe manca reclama;
O pai pálido se assenta;
As crianças cretinas imploram por atenção...
Discussões de um clã,
Tecem clandestinas formas de amar.
Pequenas claustrofobias em cada um,
Em cada dia de chuva.
Chove agora aqui,
Chove como sempre,
As intempéries (como imaginam),
a chuva não vai levar.

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