16 novembro, 2005

tábua riscada


as mãos de um vampiro

estão aqui
pousadas
sobre a tábua riscada
por mil anos

estão aqui
unhas e dedos trançados

estão aqui gentis e macias
como chuvas de escaninho

estão aqui nesse pescoço

anel postiço em merengue
fosso de nenúfares
veja só o senhor e a senhora

no fim das contas não passamos de carne viva

Um comentário:

Caleidoscópio Eterno disse...

Marco gosto quando tua poesia é inflamada... na verdade falar sobre o amor na poesia é um problema...nunca publicarei minhas poesias...não tenho coragem!!!