Entra uma mulher, mais ou menos quarenta e cinco, ouve:
- Quer uma cachaça?
- Hum, que bom, que que é?
- Vinho.
- Hum.
Um minuto depois:
- O sarará teve aí, o motorista da Visate?
- Nem vi mais esse.
- Tô devendo ele, quero pagar.
- Hum.
Entra um rapaz, vintepoucos:
- A Vanessa pediu pra pegar uma rapadura e um salgadinho, ela tem conta aí.
- Não sei, vou ver.
- Ela tem conta aí, é a Vanessa, trabalha ali no contador, aqui perto da parada, é pra anotar.
- Não tô achando.
A mulher:
- Se é do contador, periga tu tá devendo pra ela.
- Não tá aqui no caderno, vou anotar. Qual é a rapadura?
- Pode ser essa aí de amendoim grandona.
- E o salgadinho?
- Qualquer um, é pra ela mesmo.
- Hum.
Eu, depois do pastel:
- Quanto lhe devo?
- Um e cinqüenta, magrão.
- Como é seu nome, vizinho.
- Juvelino.
- Sabe por que entrei aqui?
- Por que?
- Por causa do nome.
- Hum.
30 novembro, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
E pensar que o Juvelino pode ter sido o meu pai.hehehe
Que vida!
Mas a minha mãe insite em chamar de 'Ju'. Por que será,né?
Postar um comentário