musas modernas caberiam na palma da mão
deusas hodiernas roeriam à luz de lampião
loucas etéreas pra castigo de toda paixão
não
musas serenas ririam de mim
deusas pequenas diriam que sim
loucas terrenas retornariam do fim
não
na minha mão só cabem migalhas
que só acendem fogos de palha
e tresandam o que o valha
não
musas deusas loucas
confusas chinesas roucas
deidades harpias pastoras
valem o quanto pesam
valem o quanto pensam
valem o quanto furtam
não
na minha mão não cabem helenas
lesbos tróias cartagenas
de um aquiles valgo
de um ulisses gago
na minha mão navegam falésias
na minha mão aderem macegas
de um perseu caído
de um orfeu mordido
por tebas tróias cartagenas
não
na minha mão não cabem ciganas
das casas pernambucanas
(*) poema publicado originalmente em livro algum, ano supostamente de 2003. virou letra - com modificações espertas (não publicadas aqui, por certo) - pela mão do meu parceiro Vinicius Todeschini (Bayo the lyon).
Um comentário:
hello chris.
come back soon.
bis bald.
volte sempre.
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