01 novembro, 2005

o eterno o átimo o leve *


amor eu que quero com flores e ócio

amor eu refino pulsatilla e phosphorus

amor eu que quero compartir minha mesa

amor que eu quero cultivar gentilezas

amor que eu quero em almofadas e neve

que eu quero o eterno o átimo o leve

amor eu destilo e calo o perfume

que emana sutil do amor do teu lume

amor te preciso para as vinte e uma

amor te visito na Alfredo sem brumas

amor te envio este anel e este dedo

amor te ofereço cem bocas com beijos

amor te deliro com unhas e zelo

minha pele de água, tua pele de pêssego

amor eu te quero aqui dentro agora

e aqui fora eu te quero com todos teus dentes

amor vem agora sem pressa demora

que esses versos possessos eu faço somente

por tua beleza e contentamento


(*) atendendo a inúmeros pedidos meus, publico aqui esse poema inédito do meu livro igualmente inédito "Pés de aragem" (2005). Esse é pra Adri.


2 comentários:

Diogo F de Freitas disse...

Belíssimo!!!!!!

Seu Menezes disse...

obrigado, dioguito, belíssimas são tuas letras.
forte abraço.